A relação crianças, bibliotecas, Internet encerra uma problemática da qual, nos nossos dias, não nos podemos alhear. Com efeito, a irresistível atracção da Internet, enquanto fonte tendencialmente ilimitada de conhecimento e divertimento, obriga as Bibliotecas a definir o respectivo papel na educação dos mais novos.
Os sítios portugueses para crianças são na sua maioria da responsabilidade de empresas ou de professores. Os primeiros apostam na animação e no design gráficos, embora relativamente semelhantes entre si, e os segundos numa estrutura mais individualizada. Os sítios para crianças em língua inglesa que seleccionámos são da autoria de profissionais de Biblioteca e revelam-nos as potencialidades de uma abordagem profissional desta matéria. No seu conjunto, os sítios que apresentamos permitem oferecer às crianças muitas horas de aprendizagem e de recreio na Net.
Algumas das principais questões relacionadas com a Segurança das crianças na Internet são tratadas, em português, neste sítio do Núcleo Minerva da Universidade de Évora, cuja consulta recomendamos. O Projecto DADUS da autoria da Comissão Nacional para a Protecção de Dados (CNPD) é destinado a professores do 2º e 3º ciclos; o dadus.blogue, directamente dirigido a crianças e jovens, apela de forma lúdica (jogos, passatempos, histórias e banda desenhada) à respectiva participação directa e activa. Para mais informação sobre este tópico, sugerimos a consulta do blogue Bibliotequices de Júlio Izidoro.
Aprender e brincar… em português
Os sítios portugueses para crianças mais populares encontram-se referenciados em O Leme, o portal português sem fins lucrativos de Jorge de Freitas. Estes sítios oferecem actividades lúdico-educativas, muitas vezes relacionadas com os programas escolares, e são em grande parte produzidos por empresas de conteúdos culturais como a RTP ou grupos editoriais como o Sítio dos miúdos da Porto editora ou o Júnior da Texto editores. Neste âmbito, indicamos a título de exemplo três sítios que abordam o tema a natureza e os animais tão caro aos mais pequenos: o Badoka Safari Park, o Jardim Zoológico de Lisboa, o Aquário Vasco da Gama e o Oceanário.
Os sítios concebidos e editados por professores e investigadores, em nome individual ou integrados em projectos institucionais, denotam uma acentuada componente didáctico-pedagógica que muitas vezes prevalece sobre as soluções de webdesign encontradas. Tal é o caso dos sítios da Escola Superior de Educação de Santarém: Os contos de H. C. Andersen, Eu sei, No mundo das fábulas, A viagem de Vasco da Gama; e Os catraios da Escola Superior de Educação de Bragança.
De natureza institucional, sugerimos a seguinte amostragem:
Ciência Viva, a ciência no quotidiano, da Agência para a Cultura Científica e Tecnológica;
A cidade da malta, para aprender a viver melhor na cidade, do projecto Aveiro Cidade Digital;
Clube da matemática, jogos, problemas, desafios, ateliês, palestras, sítios úteis, bibliografia…, da Sociedade Portuguesa de Matemática;
Era uma vez em Aveiro, sobre a história da região (séculos XV e XVI), do Museu de Aveiro e dos Municípios de Oliveira do bairro e de Vagos;
Deco juvenil, sobre a sociedade de consumo (numa versão para crianças e noutra para jovens), da Deco-Proteste.
De entre os sítios pessoais dedicados aos mais novos, destacamos O sótão da Inês de Inês Gil (13 anos) e seleccionámos, pela diversidade que os distingue, alguns sítios da autoria de professores e de autores de histórias para crianças :
A escolinha de Luís Araújo e Escolovar do professor Vaz Nunes, para crianças ensino básico (pré-escolar e 1º ciclo);
O mundo em bandeiras do professor Franclim Ferreira, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que possibilita a pesquisa de bandeiras por países ou regiões e pela norma ISSO 3166;
A história do dia de António Torrado;
e As histórias infantis da avó Marlene de Marlene Silva.
Para mais informações, consultar:
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